segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Consumido Por Medo de Sentir Medo




Sinto uma forte sensação que acelera os batimentos,
é um aperto no peito, quase um pressentimento,
é um vazio negro abismo do medo, parece o fim.
é o apocalipse inteiro começando em mim.

Tão poucos sentimentos que posso contar nos dedos:
Vazio, frio, desespero e o medo e o medo e o meu medo...
Não posso correr do meu próprio peito e o medo,
não posso contar com meu próprio peito é o meu medo.

O fim do mundo começa em mim mais cedo,
antes de tudo eu já sinto o meu medo,
estou suando frio e nem por frio estou tremulo.

Agora tenho a sensação de não ter batimentos,
já sofri por antecipação e vou sem ressentimentos,
e há sofrimento, pois não sinto mais medo.
 
 
 
Cassius Cesar Amorim Sampaio. 21 de novembro de 2011.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Jogo de Azar Que Eu Não Sei Jogar



Eu é que não me arrisco a amar
não quero jogar pra perder
e com fogo não da pra brincar.

Eu é que não me arrisco mais a amar
coração só quer saber de querer
e se não tem não adianta chorar.
Eu é que não me arrisco outra vez a amar
é fácil ter sorte no jogo, mas com isso não da pra ganhar
o amor dita as regras do jogo e nele eu só tenho azar.

Meu coração é a única fixa que eu tenho,
não quero perder, não aguento sofrer e não sei ganhar.
A vida tem que ser mais que isso, arriscar perder pra poder amar
mas se esse for o sentido do jogo
prefiro morrer a de novo jogar.

Cassius Cesar. Sorocaba 19 de Novembro de 2011.
Vespera de uma memorável ressaka...   

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Velho Coração Poeta




Meu coração é um velho e cego poeta
a palpitar versos de criança,
já faz muito tempo que não pode ver um sorriso,
mas ainda pode sentir a esperança.

Coração velho e tolo de poeta.
Engana-se tal como criança
já não sonha com cores por tê-las esquecido
mas depois de crescido espera realizar sonhos de infância.

Coração velho e fraco como um poeta.
Esforça-se com a força de um rato
até esquece que já esta tão fraco,
mas traz seu amor na memória como se fosse um retrato.

Mas do tempo sofre maus tratos
e o coração velho, tolo e cego poeta fica mais fraco.
Ele não perde a esperança
o tempo que perde a tolerância.

Lá se foi o coração velho, tolo e cego de um poeta.
Foi com o tempo deixando ao vento
seus versos e sua esperança.
 
 
Cassius Cesar. Sorocaba 17 de novembro de 2011.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parte Importante



Queria me sentir só por um instante
tudo pra você ou ao menos importante.
Não um verme rastejante,
ou brinquedo na estante.

Quero poder amar tanto quanto ser amado
quero merecer, jamais me esquecer
ou me deixar de lado.

Pra mim você é tão importante
não importa quanto tempo ou distância
difícil é sentir não ter a mesma importância.

Não quero mais ser o errante
ou ser o erro ambulante.
Ser importante pra você hoje é minha razão,
mas se você não abrir a porta não posso entrar no teu coração.
Eu te dou toda importância ignorando qualquer distancia,
mas é só o ciclo da reciprocidade que pode formar uma aliança.

Importante é ter esperança
o tempo sempre tem alguma relevância,
se eu entra na sua vida vou conquistar minha importância. 
Cassius. Sorocaba 15 de Novembro de 2011.