terça-feira, 22 de março de 2011

Verso entorpecente.

Torpe eu mal enxergo meu próprio verso,
torpe e sábio vislumbro o universo,
bêbado imundo antes poeta agora o inverso,
bêbedo em vodka com coração imerso.
Agora arrepende e chora,
do amargo vómito doce vodka vai embora,
agora solitário chora um lindo verso a quem namora,
do abismo do copo o que sobrou evapora.
Que bom morrer assim escrevendo,
nem sei o que, bêbado nem estou lendo.
Minha tinta é sangue vou escrevendo o que estiver doendo.
E agora? Se tem choro chora,
se tem sono dorme,
se ainda ama morre...
                                              ...morre, morrre, morre e morre.

                                                                                Cassius Cesar.  Sorocaba, 22 de março de 2011.

Doce Vodka


Doce vodka
Assim como quem não chora, mas do olhar o sangue escorre,
me aguento sem ir embora, pela doce vodka só o amor morre,
assim como quem não chora e é forte que não luta apenas corre,
se esconde e troca o sangue pela doce vodka, toma um porre.
Assim a doce vodka vai descendo e aqui ardendo,
aqui no peito só ela queima, amor sufoca e vai morrendo,
assim do sangue que aqui corria agora a doce vodka segue correndo,
aqui onde existia um amor de um poeta é o suicídio que eu pretendo.
Doce vodka, seca meu copo, sossega minha alma,
doce vodka, enfraquece meu corpo me enche de calma,
doce vodka, me faz louco, por favor, não acabe, só mais um pouco.
Torpe eu cesso meu pensamento,
a vida se cala nem na dor se fala,
escuta-se o vento.
                                                                             Cassius Cesar. Sorocaba, 22 de março de 2011.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O tal olhar de descontentamento

Eu não entendo,
penso, penso busco o vento,
invento um verso e me arrependo,
passa o tempo e eu não entendo.
Não compreendo o sentimento,
me decido e mudo tudo me reinvento,
tento te agradar em pensamento,
eu não esqueço aquele olhar,
olhar de descontentamento.
Eu não entendo,
eu não esqueço,
penso e penso, busco o vento,
me desespero e ao mesmo tempo,
enquanto te espero ainda penso,
no olhar de descontentamento.
Não compreendo estou indeciso,
em ti me prendo, mas não preciso,
não há motivo em tudo isso,
porque tanto quero o seu sorriso
e um sentimento que te faria
me olhar com alegria.
Eu não entendo,
penso e vejo que teu olhar é como o vento,
é um olhar, é descontentamento,
eu percebi neste momento,
não foi o descontentamento,
nem sentimento no o olhar, de tudo isso eu nada entendo,
eu me perdi no seu olhar,
e escrevi um verso nesse tempo...

 Cassius Cesar Sorocaba-SP 22 de março de 2011
Menina diferente. Jeniffer

domingo, 20 de março de 2011

Perdi o meu verso.

 Antes de qualquer coisa já aviso que hoje não tem verso, achei esse papel e perdi meu vero. Acabou a inspiração, o café, a tristeza, a memória, o sono, o talento. Perdi tudo, perdi meu verso.
 A pouco perdi a tampa da minha caneta, e antes que a tinta seque eu preciso desesperadamente escrever, derramar toda essa tinta nesse papel pra não ver a minha preciosa caneta morrer. Perdi também a tampa da garrafa térmica, por isso tive que beber desesperadamente o café para não vê-lo esfriar. Perdi todas as esperanças em tudo, por isso ainda estou escrevendo para não chegar ao final da vida e ter vivido em vão, não precisa fazer muito sentido, já não tem tanto valor, talvez tanto quanto esse papel que eu achei aqui, não tanto quanto a tampa da minha caneta preciosa que tantas vezes me sentiu chorar, nem mesmo tanto quanto a tampa da garrafa térmica, a qual sem ela não tem nenhum valor. O pior foi ter perdido meu verso, se esse é o fim da minha vida, talvez aquele fosse o melhor de todos, seria o ultimo, não faço ideia. Teria curiosidade em tentar me lembrar, mas perdi a vontade, a curiosidade pra mim perdeu o sentido, o mundo perdeu sentido quando eu perdi meu verso.
 A tinta dessa caneta esta pra acabar e ela esta pra morrer, eu amava essa caneta, muitas vezes só com ela eu desabafei, mas já não estou tão triste, perdi a sensibilidade. No inicio dessa crônica quis escrever qualquer outra coisa, estruturar uma trova ou improvisar o verso, mas de tudo fiz o inverso, nem tentei uma rima, na primeira linha perdi a vontade, nas outras perdi a linha. Não faz mais sentido tentar ter talento, eu perdi a vontade e nem mesmo lamento.
 Perdi o romantismo e perdi quando a paixão, eu nem percebi dei meu coração. E que fique com ela, já não me faz falta. Perdi duas tampas, um amor, um monte de tempo, alguns sentimentos e perdi meu verso. Não tenho vontade de continuar essa crônica, só continuo em consideração a minha preciosa caneta. Não sei, talvez nunca tenha escrito algo tão ruim, ou talvez nunca tenha escrito algo tão bom, sei lá, perdi meu senso critico quando perdi meu verso, me perdi na primeira frase disse lixo, perdi a paciência ao notar que a tinta dessa caneta, que já não me é tão preciosa ainda esta na metade, não sei o que escrever mesmo com tanta cafeína eu perdi o ânimo de continuar, nem desabafar, perdi a vontade e isso perdeu o sentido, já não quero mais tentar agradar ninguém, não escrevo pra mim e pra você muito menos, eu perdi tudo e você, desculpe, mas perdeu o seu tempo. Você me odeia? Nem ligo. Você quer me matar? E daí? Eu já não faço tanta questão de viver, a quer saber dane-se tudo, dane-se a minha falta de vontade de viver e dane-se a minha preguiça de morrer, dane-se a tinta da minha caneta e dane-se você.
 Caramba isso foi bom, acho até que posso escrever algo sobre isso, um desabafo, um dane-se tudo, só preciso de outro papel e talvez outra caneta. Posso usar aquela que estou vendo naquela estante do outro lado do meu quarto, se recuperar as minhas forçar pra levantar. Não eu vou agora antes que eu perca essa inspiração que eu acabei de recuperar. Não acredito ao levantar eu percebo que o que acreditava ser outra caneta era somente a tampa perdida da minha preciosa caneta, recuperei a alegria a agora que minha caneta, boa e velha caneta recuperou sua preciosidade eu posso escrever com ela mesma. Não acredito ao voltar a sentar na minha cama eu percebo que por todo esse tempo estava deitado em cima da tampa da garrafa térmica e nem percebi, recuperei até meu humor agora, só falta encontrar um papel, mas quer saber, nem preciso eu posso escrever neste mesmo...
 Eu não acredito, sinto até vergonha em dizer, visto que a pouco recuperei o meu senso de ridículo, mas preciso lhes confessar. Para quem teve a paciência de ler essa crônica até aqui preciso confessar que ao virar a folha eu encontrei o meu verso. O tão estimado verso perdido por todo esse tempo estava no verso.

Cassius Cesar. Sorocaba-SP no verso do verso, 22 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Menina Devassa

Ela me beijou como se amassasse um cigarro no cinzeiro;
Não pude negar seu beijo é meu isqueiro;
Me acende e me queima o dia inteiro;
 Em seu olhar me despreza me destrata no seu beijo ela reata;
 Ela me quer, mas me maltrata;
 Se ela diz não ela me mata;
Ela me abraça me ama me aquece e me amassa;
Ela faz de mim seu próprio corpo, devassa;
Sorri e se afasta eu sofro e ela acha graça;
Seus braços não são barreiras são nossos laços;
Me detêm se ela me quer ela me tem;
Menina burra se me quer por que me empurra?
Eu não te entendo eu te quero e me arrependo;
Não te recuso sei que de ti dependo;
Mantem viva essa paixão e me vê morrendo;
Não adianta tentar evitar se eu não a tenho eu vou buscar;
Se não esta junto inevitável querer e só pensar;
É doença ou esperança tanta paixão de criança;
Se não termina um dia cansa;
Vem e me tem você me quer só me faz sofrer por achar graça;
Você não me engana sei que é devassa;
Vem que eu te quero me beija e me amassa;
Tudo bem eu posso ser seu apenas vem ou eu te espero na mesma praça;
Ainda pode me amar vem me pegar, vem que é de graça...

             Cassius Cesar Sorocaba-SP, 13 de março de 2011
             a ela...

sábado, 12 de março de 2011

Abraço Transcrito

 Abraço transcrito não é abraço que não pode ser dado por isso é transcrito;
 Abraço transcrito é abraço dado, abraço forte, tanto que pode ser escrito;
 Distância limita nossos braços, não impede nossos abraços e assim economiza nossos passo;
 Por isso transcreve e envio esse abraço, com selo e nosso laço;
 Abraço transcrito descreve o carinho a amizade e o amor;
 Sentimentos tão fortes que quando escritos tornam se abraço, abraço transcrito;
 Abraço transcrito supera distância, percorre caminhos via amor;
 Sentimento de sorte tendo a escrita a nosso favor;
 Esse é uma abraço transcrito e o sentimento nele descrito é o nosso amor...

 Cassius Cesar. Sorocaba-SP, em fevereiro de 2011.
 dedico e abraço Pamela Cristina Ruani. Best