terça-feira, 22 de março de 2011

Verso entorpecente.

Torpe eu mal enxergo meu próprio verso,
torpe e sábio vislumbro o universo,
bêbado imundo antes poeta agora o inverso,
bêbedo em vodka com coração imerso.
Agora arrepende e chora,
do amargo vómito doce vodka vai embora,
agora solitário chora um lindo verso a quem namora,
do abismo do copo o que sobrou evapora.
Que bom morrer assim escrevendo,
nem sei o que, bêbado nem estou lendo.
Minha tinta é sangue vou escrevendo o que estiver doendo.
E agora? Se tem choro chora,
se tem sono dorme,
se ainda ama morre...
                                              ...morre, morrre, morre e morre.

                                                                                Cassius Cesar.  Sorocaba, 22 de março de 2011.

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