sexta-feira, 1 de abril de 2011

Apocalipse Particular

Minhas lagrimas já não comovem ninguém e a realidade que me enlouquece quase parece ilusão;
Olhos quase fechados choram com muito mais razão a tragédia vivia por toda uma nação;
O desespero que me assola não assola mais ninguém e a angustia que eu sinto não merece tanta atenção;
Desespero verdadeiro lá onde o céu não é azul, lagrimas de pranto e de chuva se confundem lá no sul;
Preso aqui em mim mesmo, em um escafandro egoísta de problemas pequenos;
Não há espaço pra luz ou pensamentos saudáveis, desespero no escuro é natural;
No fundo dessa cela espiral me vejo bem no centro, nu em bem no centro de um temporal;
Não existem defesas nem forças em mim mesmo, mas me sinto sem medo;
Sou soberano nesse maldito lugar, meu apocalipse particular;
É no meu ego egoísta,
é na minha face sem graça,
 é na minha falta de força,
 é no meu medo de amar,
é dentro de mim mesmo,
é no jeito dos meus amigos,
é em todo lugar;
Esta em mim, é meu apocalipse particular


Cassius Cesar. Sorocaba-SP, 17 de março de 2011.


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